O seminário de Cidadania, cultura e desenvolvimento, do qual participou o músico Lobão, quinta-feira, 23, tinha como objetivo discutir assuntos referentes a cultura, programas políticos, manifestações culturais e artísticas. A palestra de Lobão foi diferente, pois ele fez uma breve introdução e logo abriu espaço para o debate com o público.
O palestrante não tem medo de ser espontâneo, realista, polêmico e falar palavrões. Expôs algumas de suas experiências, sempre as relacionando com a cultura. Disse, entre outras coisas, que nós temos que ter uma vida cultural na cidade onde vivemos. No debate foram tratados principalmente assuntos referentes à música, principalmente no sentido de a música influenciar na cultura. Também falou um pouco sobre racismo.
Para ele, o artista deve chegar até o público, ter Ibope, da mesma forma que as novelas, deve usar as mídias da forma que elas são. O artista independente deve se inserir no mercado brasileiro, mesmo que para isso deixe de ser independente.
Defende uma plataforma musical "equânime e variada". "Não se deve varrer o lixo cultural", para possibilitar a variedade musical. Frisou que não se deve preocupar com a qualidade, para não excluir ninguém. Falou que a sociedade brasileira é hipócrita. As atuais músicas de protesto tem um sentido de automiseração, no qual o próprio artista se coloca na figura da pessoa mais atingida, tentando fazer com que os outros tenham pena.
Falou sobre a atual maneira de censura, onde os editores cortam partes da música para que se tenha a metragem correta, ou um som "mais bonito, mais suave". Para fazer parte da cultura o artista deve fazer parte da história, estar na vitrine, ser popular e influenciar positivamente.
domingo, 26 de abril de 2009
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